Kiyoshi Harada

 

Este (des) governo vem atuando sobre três premissas básicas:

  1. Discurso de ódio seguido de brutal perseguição de seus adversários políticos;
  2. Cultivo da pobreza de forma permanente; e
  3. Aumento sistemático de tributos.

Examinemos cada uma dessas premissas ilógicas e irracionais.

Perseguição política

O governo que foi eleito sob o discurso de paz e amor, desde o primeiro dia de governo, não tem feito outra coisa senão destilar ódio e mais ódio e perseguir implacavelmente seus adversários políticos. Parece um tigre ferido e enfurecido disposto a atacar a todos que o feriram. Transformou a Polícia Federal, uma polícia republicana, em uma polícia do governo. Não satisfeito com isso está patrocinando uma Emenda Constitucional que federaliza a segurança pública dos estados para ser comandada por um burocrata leigo nomeado pelo governo, sentado em um confortável gabinete instalado na ilha da fantasia (DF).

Só que segurança pública é algo que se faz na ponta. Os comandados da Polícia Militar e da Polícia Civil sob a supervisão do respectivo governador de Estado é que detêm o know how para dar combate à criminalidade, e não um burocrata de plantão.

 

Cultivo da pobreza

A erradicação da pobreza ficou só no papel.

A Emenda Constitucional a respeito, de alguns anos para cá, não mais se fala nela. Caiu no esquecimento a exemplo do teto de gastos que só ficou na teoria e na retórica cheio de demagogia. Cumpri-lo na prática, nem pensar, pois exigiria uma administração proba e eficiente dando um paradeiro final à política de esbanjamento de recursos públicos.

Bolsa Família, um benefício inventado pelo Presidente Lula, está contribuindo para aumentar o contingente de parasitas que vivem à custa do imposto pago pelos que estão fora desse benefício.

Mais de uma década se passou, desde sua instituição, mas ninguém saiu do Bolsa Família, cujos beneficiários crescem a cada dia.

O que era para ser um instrumento-meio para a reinserção dos vulneráveis no mercado de trabalho transformou-se em um instrumento-fim para a captação de votos nas eleições.

Por isso, os sucessivos governantes progressistas vêm cultivando com muito carinho o estado de pobreza que se transformou em um curral eleitoral. O coronelismo do passado foi substituído pelo Bolsa Família.

 

Aumento de tributos

Enquanto governantes dão volta ao redor do mundo com suas viagens fantásticas mobilizando dois aviões da FAB para transportar um número incontável de séquitos de fazer inveja aos países do primeiro mundo, o governo atual já elevou os tributos 37 vezes, o que dá em média um aumento a cada 37 dias tornando o Brasil o país que mais tributa no planeta.

Nessas viagens bombásticas que incluem shows por onde passam, os integrantes da alegre comitiva presidencial se hospedam nos hotéis mais caros do mundo, cuja diária chega a custar mais de R$1 milhão.

Só para ficar nos exemplos mais recentes, nos funerais do Papa Francisco, o Brasil se fez presente com uma comitiva impressionante, enquanto os Estrados Unidos, país mais poderoso do planeta, foram representados apenas do Presidente Trump e sua esposa. Se todos os chefes de estados convidados levassem uma comitiva como a do Brasil, certamente, não haveria espaço no Vaticano para acomodar todas elas. É a demonstração da mania de grandeza enquanto já acumula um déficit primário de mais de R$938 bilhões.

Apesar da carga tributária que já ultrapassa os 36% do PIB contra os 27% do PIB dos países integrantes do MECOSUL, o Brasil vem prestando um serviço público equivalente ao da Uganda. Por que não se inspira no exemplo de Dubai onde ninguém para imposto? Por que tem de ser o primeiro do mundo em matéria de retirada compulsória de riquezas produzidas, a duras penas, pela sofrida população brasileira?

Mas, o que é pior é que as estatísticas oficiais como as do IBERGE deixaram de ser confiáveis, deixando a população sem referencial para coisa alguma.

Enquanto se divulga o crescimento do PIB, milhões de beneficiários do Bolsa Família não largam os “ossos”. Não querem trabalhar. Assim não há como crescer o PIB.

Enquanto o IBEGE divulga índices de preservação ambiental, os desmatamentos e queimadas na região amazônica nunca cresceram como dantes. O governo atual, com certeza, ganha a taça de campeão de agressor do meio ambiente.

O sinistro Ministério do Meio Ambiente nos governos progressistas transformou-se em um órgão que, de um lado, incentiva, ou se omite na ação de combate às queimadas e aos desmatamentos e, de outro lado, impede a expedição pelo IBAMA de licença ambiental para execução de obras vitais ao desenvolvimento integrado da várias regiões do país, para redução de desigualdades socioeconômicas.

Até o hoje, o mega projeto da Rodovia BR-319 que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO) vem enfrentando litígios com o IBAMA sob a orientação do Ministério do Meio Ambiente.

Essa Rodovia é o único meio de transporte terrestre capaz de ligar Manaus ao restante o país. O principal argumento para negativa da licença ambiental tem sido a proximidade da Rodovia com a foz do Rio Amazonas que, na verdade, dista 1.500 km dessa Rodovia de 885 km. Não há como sustentar poluição do Rio Amazonas, principalmente, se a análise do impacto ambiental realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – EIA-RIMA – deu positiva.

Essa Rodovia visa integrar os estados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste aos estados das regiões Sul e Sudeste que formam outra realidade completamente diferente dos estados das regiões referido no início.

Do exposto, pode-se afirmar sem margem de erro que o Ministério do Meio Ambiente está a serviço das ONGs internacionais que atuam na área e que querem manter o gigante adormecido. Nada de fazer concorrência com os países que cultivam o agronegócio. Acordar o gigante deitado sobre a maior área agricultável do planeta seria uma concorrência desleal!

Essa é uma questão que se insere no âmbito da geopolítica. O Brasil foi contemplado com uma vasta extensão territorial ocupando o 5º lugar no mundo com imensa área agricultável, enquanto outros países têm imensas reservas de petróleo, além de deterem o monopólio tecnológico. Não de pode pretender mudar a geopolítica!