Reporto-me nestes comentários ao artigo “O ridículo do hino e a escola sem sentido”, da autoria de Eugênio Bucci (“O Estado De São Paulo”, 28-02-2019, p. A-2). O autor, jornalista e professor da ECA – USP, procura --- com a fé característica dos missionários da Religião Marxista --- desqualificar a iniciativa de S. Excia. o Ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, no sentido de que, na escola básica, sejam as crianças postas em forma e cantem o Hino Nacional Brasileiro, hoje praticamente desconhecido da maioria dos nossos jovens patrícios.

                        Conheço o Professor Ricardo Vélez Rodríguez, desde o tempo em que lecionávamos ambos no “Convívio – Sociedade Brasileira de Cultura”, e acacio vaz de lima filho 60escrevíamos artigos para a “Agência Planalto de Notícias.” Trata-se de um intelectual sério, de um pensador de mérito e de um homem de caráter, atributos, parece-me, pouco encontradiços entre os que militam em prol do internacionalismo comunista, cujo “Chefão” (no sentido mafioso do termo) cumpre pena de prisão em Curitiba. Além do mais, o atual titular da pasta da Educação tem consciência de que o Brasil integra, quer o queiram quer não as esquerdas, a Cultura do Ocidente, e, “ipso facto”, deve  orientar a educação das suas crianças, de acordo com os valores da Cultura Ocidental!...

                        Miguel Reale, com a sua imensa autoridade, ensina que o “Ocidente” é uma síntese do “Logos” da Filosofia Grega, da “Voluntas” ordenadora do Direito Romano, e da “Caritas” do Cristianismo. Por seu turno Werner Jaeger, no clássico “Paidéia – A Formação do Homem Grego”, demonstra que as raízes das ideias de educação e de formação tem que ser buscadas na velha Hélade, e aliás, no Período Heróico, imortalizado por Homero na “Ilíada” e na “Odisséia.” Os jovens gregos, mesmo em tempo de paz, eram ensinados a cantar o “Pean”, isto é, o canto guerreiro da “Polis” à qual pertenciam. Tão relevante era o canto entre os gregos, que --- de acordo com a tradição --- os espartanos consideravam Tirteu, o cantor coxo, como o melhor dos seus generais...

                        Admito --- e ele próprio o admitiu --- que o Ministro da Educação errou, ao inserir em suas instruções a leitura, para as crianças, de um mote da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Mas que as crianças brasileiras entrem em forma, marchem, façam ordem unida, e cantem os hinos pátrios (e não apenas o Hino Nacional), isto é louvável e construtivo, sob todos os aspectos. Ademais, sem a Autoridade (a velha “Auctoritas” dos romanos, tão bem estudada por Hannah Arendt), não se constrói uma nação.

                   As considerações do Sr. Eugênio Bucci, clérigo e missionário da Religião Marxista sobre Ricardo Vélez Rodríguez e a sua orientação pedagógica, brasileira, nacionalista e cristã,  soam como uma espécie de “Evangelho segundo Satanás”, para evocar o falecido Presidente Jânio Quadros... as palavras do professor da ECA estão inquinadas de ódio, cabendo lembrar que “Sir” Winston Churchill chamava, ao Comunismo, de “Evangelho do Ódio.”

                        A inciativa do Ministro da Educação longe está de ser ridícula, e não é conducente a uma “escola sem sentido”, como o afirma o autor do bilioso artigo. A mentira é endêmica nas esquerdas, como não me canso de lembrar. Ridículo, e ademais grotesco, é a transformação da Universidade de São Paulo em uma “Universidade” (Mon Dieu!) de pensamento único, o qual é, evidentemente, o pensamento (?) marxista. Ridículo e grotesco é que professores com os títulos de Mestre, Doutor, Livre-Docente, e por aí vai, consintam em ser liderados por um metalúrgico analfabeto, bêbado e mentiroso, e por uma ex - terrorista disléxica. Ridículo, e ainda por cima grotesco, é continuar a defender --- negando a evidência histórica --- um sistema político e econômico escravista, que levou à ruína econômica a defunta União Soviética e todos os países do Leste Europeu, que mata os cubanos e venezuelanos de inanição, e que criou as mais sanguinárias e longevas ditaduras do Orbe!...

                        Todo marxista padece do que, em artigo anterior, chamei de “Lobotomia Epistemológica.” Explico-me: Tudo o que um seguidor do profeta da sala de leitura do Museu Britânico pensa, fala e escreve, tem que estar em conformidade com o dogma do primado do fator econômico sobre todos os demais. E o autor do peçonhento artigo contra o Professor Ricardo Vélez Rodríguez, não escapa a esta triste sina: O seu enfoque sobre os problemas brasileiros, e sobre a Educação em particular, é vesgo e parcial.

                        É um péssimo sinal que este ataque tenha partido de um professor da Universidade de São Paulo. Isto revela que a “Casa de Armando Salles”, de que todos os paulistas e brasileiros em geral tiveram, um dia, justificado orgulho, transformou-se no “favelão do Che Guevara.” E termino de propósito em Latim, idioma que, penso eu, é desconhecido do Sr. Eugênio Bucci, e que ele deve relacionar a “reacionário”, “fascista”, “porco chauvinista” e as demais --- costumeiras --- sandices: --- “O tempora! O mores!”

*Acacio Vaz de Lima Filho, advogado e professor universitário, é Livre-Docente em Direito Civil, área de História do Direito, pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Associado Efetivo e Conselheiro do Instituto dos Advogados de São Paulo, Acadêmico Perpétuo da Academia Paulista de Letras Jurídicas, e membro da União dos Juristas Católicos de São Paulo