Retomo, nestes comentários, o título predileto dado, aos seus artigos, por um meu ilustre colega de magistério do “Convívio – Sociedade Brasileira de Cultura”, e também colega da “Agência Planalto de Notícias – Plana.”
Trabalho hoje com as palavras “Progressista”, “Fascista”, “Reacionário” e “Conservador”, largamente utilizadas pela mídia escrita e televisiva, que, neste Brasil, não se limita a informar os fatos com imparcialidade, mas que, atuando com desonestidade intelectual, “informa” formulando juízos de valor... isto se deve, creio, ao fato de quase todos os profissionais de imprensa deste país serem devotos da Religião Marxista. O resultado, funesto “in se ipso” deste processo, é o de que, de acordo com o ilustre Cláudio de Cicco, não existe a “opinião pública”, mas sim, a “opinião publicada.”
“Chovendo no molhado”, para fazer uso de uma expressão favorita do saudoso Professor Washington de Barros Monteiro, presume-se que seja “progressista” uma pessoa partidária do “progresso.” Vou à etimologia dos vocábulos. “Progresso”, de acordo com Cândido de Figueiredo, é um substantivo masculino, derivado do Latim “Progressus”, e que significa “Marcha ou movimento para diante. Progredimento, desenvolvimento. Melhoramento ou aumento. Qualquer adiantamento em sentido favorável.” “Progressista”, segundo o mesmo léxico, é um adjetivo que significa “Relativo ao progresso ou a progressistas. Partidário das ideias do progresso.”
Após o Concílio Ecumênico Vaticano II, foi dado o nome de “progressista” ao clero católico simpático ao Marxismo e criador da famigerada “Teologia da Libertação.” Também foi atribuído o nome de “progressistas” aos adeptos de um sistema político e econômico autoritário, genocida, que levou a extinta “União Soviética” à ruína, e hoje leva os povos de Cuba e da Venezuela, entre outros, a condições de vida miseráveis!... Então, os autobatizados “progressistas” são, na realidade, os arautos da miséria e da opressão!... apenas para exemplificar, no Brasil, os governos (?) de dois “progressistas”, Luiz Inácio da Silva e Dilma, levaram o nosso povo ao desemprego, à pobreza e à perda da esperança...
Passo à palavra “Fascista.” Do ponto de vista da Ciência Política e da Teoria Geral do Estado, “Fascista” é o partidário do chamado “Estado Corporativo”, cuja doutrina foi formulada na Itálica do século passado, em especial, pelo dirigente político e jornalista Benito Mussolini, pelo filósofo Giovanni Gentile e pelo jurista Alfredo Rocco.
No jargão da imprensa filo-comunista e dos próprios comunistas, “fascista” é qualquer homem, qualquer mulher, ou qualquer instituição que combata o Comunismo. Assim, para as “esquerdas”, o General Juarez Távora, que era da “União Democrática Nacional”, era um “fascista.” “Fascistas” eram Carlos Lacerda, Plínio Salgado, Adhemar de Barros, e hoje, é claro, o presidenciável Jair Bolsonaro. Se fosse dado ao presidiário de Curitiba dar forma a este pensamento, ele escreveria (?): “Fassista é azelite, é tudo qui é contra nóis!” Ouvi dizer que, para a Professora Maria Helena Chauí, “fascista” é qualquer pessoa da classe média...”Cruiz credo, siô!”
Passo à palavra “Reacionário.” A palavra se liga a “Reação.” “Reacionário” é o indivíduo --- ou a organização --- que assumem a posição contrária a qualquer mudança na sociedade. Assim, e por paradoxal que isto possa parecer, posições “reacionárias” podem ser adotadas --- e o são com frequência --- por aqueles que se dizem “revolucionários” e partidários do “progresso.” O P.T., no Brasil, é hoje a maior concentração de reacionários que este país já viu. Opõem-se, os petistas, à modernização das relações de trabalho, e com isto, fomentam a pobreza e o desemprego. São contra qualquer alteração da Previdência Social, e pois, apoiam a marcha do Brasil para o abismo inevitável. E assim por diante.
Por derradeiro, vou à palavra “Conservador.” Em termos de Ciência Política séria, o “Conservador” é um adepto da tradição, e da manutenção dos valores e da cultura de um povo. Diferentemente do “Reacionário”, o “Conservador” não é avesso às inovações, e às transformações sociais, desde que benéficas e saudáveis. E adere a elas. Ninguém era mais conservador do que os “Barões do Café” do Império. No entanto, tais homens financiaram a construção de ferrovias, estimularam a imigração europeia, mandavam filhos a estudar na Europa, e, em suma, tudo faziam que ajudava o Brasil a progredir. Um “conservador”, pois, não se confunde com um “Reacionário.” Mas a vulgata esquerdista, atuando com a costumeira má-fé, confunde as figuras do “Conservador” e do “Reacionário.” “Os nomes derivam das coisas”, ensinou Aristóteles. Também em Ciência Política --- como em tudo o mais --- os nomes devem ser dados corretamente às coisas.
*Acacio Vaz de Lima Filho é advogado e professor universitário, Livre-Docente em Direito Civil, área de História do Direito, pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, e autor dos livros “O Poder Na Antiguidade”, “As Constituições Imperiais Como Fonte Do Direito Romano” e “A Censura: Magistratura Moral da República Romana.”