Membro da Academia Paraibana de Letras Jurídicas
Que tal a biblioteca ser o prédio mais importante de sua cidade?
Afinal, a formação empreendedora depende da educação e da cultura. Por conseqüência, fazer da biblioteca o prédio mais importante de cada cidade é um caminho certo contra a ignorância.
A biblioteca é um espaço com serviços, informação, documentação, ajuda, consulta, leitura, estudos, formação, acesso, escuta, apoio, ilusão, evasão, criatividade e idéias.
Ela é um centro de pesquisas, onde há jornais, revistas, periódicos, livros e outros. Com a internet, passou a ser também um espaço para acesso a outras bibliotecas e aos melhores acervos do mundo.
Chamada no Egito, de “tesouro dos remédios da alma” é nelas, como dizia Jacques Bossuet, que se “cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras”.
José de San Martin destacava que a biblioteca destinada à educação universal é mais poderosa que exércitos. Um prédio vistoso, chamativo, na principal via de acesso no município, em uma “rua garganta”, que despertasse a curiosidade e a atenção assim deveria ser a biblioteca em cada cidade da Paraíba.
O município engajado nessa iniciativa receberia apoio tanto o Ministério da Cultura quanto da Unesco. Na França os prédios mais importantes das cidades do interior são as bibliotecas.
Ao revés, por aqui elas têm pouco prestígio. A Capital do Estado não possui uma biblioteca municipal. Como Promotor de Justiça em Cabedelo apelei a vários prefeitos para que fizessem da biblioteca o prédio mais importante da cidade, na BR 230, chamativo, com total visibilidade.
Laura Bush dizia que “as bibliotecas permitem às crianças fazerem perguntas ao mundo e encontrar respostas” E realçava: “o maravilhoso é que uma vez a criança aprende a usar a biblioteca, as portas da aprendizagem estarão sempre abertas”.
A Secretaria de Educação do Estado, a Federação dos Municípios e outros entes poderiam deflagrar uma campanha de mobilização dos Prefeitos.
Afinal, de contas, como disse Edmund di Amicis “o destino de muitos homens dependeu ou não de ter uma biblioteca no seu paterno”.