(Jornal SP Norte)

O que era privativo de ex-presidente Lula, contaminou seus seguidores e os “postes”, que por sua influência elegeram-se. Com o microfone em mãos têm e transmitem a aparência da genialidade, parece a inteligência nata aliada à cultura adquirida resultando na genialidade. Nem uma e nem a outra. Na prática revelam a verdadeira boçalidade. É óbvio que na democracia todos e cada um têm o direito a escolher optar por um partido, de acordo com o seu programa e sua ideologia. Entretanto, seja qual for, a corrupção e o mau governo deve ser combatido. É admirável como pessoas de nível são enganadas ou mal intencionadas apóiam os “guerreiros do mal”. Disseram que iriam fazer e fizeram o diabo para ganhar as eleições. Já demonstraram querer a democracia (real) para acabar com a democracia e estabelecer um projeto totalitário de poder (decreto 8.243/2014); Falam e repetem “o golpe”, mas a presidente viajou, deixou o “golpista” substituindo-a, retornou, reassumiu tranquilamente o cargo; posteriormente apoiou deputado “golpista” que votou pelo seu “impeachment”. Omitem ou ignoram que o afastamento é para aquele que foi eleito, está previsto na Constituição, na Lei, é do Estado de Direito; que a legitimidade adquire-se e perde-se, principalmente quando é fruto da mentira, da propaganda enganosa induzindo o povo ao erro, do abuso do poder econômico, resultado da corrupção; vencer eleições e manter o poder nestas últimas condições é o golpe. Devem lembrar as lições de John Locke, pelas quais o poder, quando não corresponde, pode retornar às mãos de quem o deu e que hoje esta devolução atende anseios populares.

A construção tautológica e teratológica continua em sua rotina que já não mais ilude o povo. Discursaram, outrora contra o favorecimento dos banqueiros e hoje o fazem; o mesmo com empresários, veja-se as empreiteiras. Discutem se o caixa dois é propina ou outro crime, ora, deve ser apurada origem e a finalidade ilícitas; qual foi o destino?; muitos confessaram, devolveram parte, foram presos; onde estão ou o que foi feito com os recursos?; dirão “o gato comeu”; um filho é gênio do marketing o outro da telefonia; parece que nada ocorreu: mensalão, petrolão, eletrolão, postalão. Este mesmo governo distribuiu recursos para obras e eventos em Cuba, Venezuela, Bolívia, países da África, outros de língua portuguesa e da América Central; propôs diálogos com o Irã e até com o Estado Islâmico; dividem e incentivou oposição de classes; insiste em “regular”, “democratizar”, CENSURAR a imprensa, na anistia parcial, na comissão da “mentira”, etc. A administração petista levou ao desastre econômico, mas enquanto a Marilena Chauí, cospe fogo, manifestando seu ódio à classe média, ao lado de Lula, a presidente orgulha-se de ter aumentado esta classe, tirando da pobreza. Na verdade, tirou da pobreza e devolveu-a, acrescida, à miséria. A par dessas evidências e contradições, seus defensores, delirando, são contra, no processo de “impeachment”, a argumentos das omissões intencionais nos crimes da “lava jato”, à inclusão de escutas, mas querem adicionar quando interessam.

Cabe, ainda, perguntar: quantas palestras de US$ 200.000,00 foram proferidas ou estão agendadas pelo representante da genialidade, após todas as boçalidades? Evidentemente, todas as dúvidas serão esclarecidas na apuração final dos crimes de responsabilidade e nos comuns, mas já são causas do dilema petista, quanto à presença de Lula e Dilma nos palanques para as próximas eleições. Seria uma confissão?

O que assistimos é a derrota da mentira, do abuso, do orgulho, do desvio de recursos e do ódio. E ainda há intelectuais que apóiam e defendem os guerreiros da maldade. Ideologia sim, mas apoiar isso? Distingamos a genialidade da boçalidade.