Coube a Heraldo Barbuy demonstrar que o Marxismo, longe de ser uma doutrina política, é uma religião ---

Paradoxalmente, uma religião atéia --- em que Cristo, redentor da Humanidade, é substituído pelo Proletariado, "classe redentora" dessa mesma Humanidade... com base em Heraldo Barbuy, identifiquei alguns aspectos do Marxismo que demonstram ser ele uma contrafação --- ridícula como toda contrafação --- do Cristianismo. Assim a exposição da múmia de Lenin em Moscou, é uma paródia do Santo Sepulcro de Jerusalém. O jornal oficial do Partido Comunista da União Soviética chamava-se "Pravda", palavra que, em russo, significa "A Verdade", um título mais de semanário religioso do que de jornal político!...

Toda contrafação carece de fazer uso do engodo. E já se tornou habitual, em meus escritos, a frase "a mentira é endêmica nas esquerdas." Uma das formas pelas quais os homens intelectualmente desonestos mentem, consiste no uso de eufemismos para designar as coisas. Nesta ordem de idéias, o Marxismo, contrariando a bimilenar lição de Aristóteles, de acordo com a qual, "os nomes derivam das coisas", usa de nomes enganosos para designar as coisas.

O que afirmo é palpável nos "movimentos sociais" ligados ao P.T., que são, a rigor, organizações paramilitares, pois praticam violências contra as pessoas, invadem propriedades, bloqueiam estradas, destroem plantações, e assim por diante. É um despautério afirmar que o MST, que invade sítios e fazendas, incendeia tratores e outras maquinas agrícolas, e faz churrasco com reses pertencentes aos pecuaristas, seja um "movimento social." Isto é um eufemismo. Ou, em bom Português, é uma deslavada mentira!...

No momento cogita-se, no Brasil, do "Impeachment" da Presidente Dilma Rousseff. Deve ser dito que o "Impeachment" é um remédio previsto e disciplinado no Ordenamento Jurídico Brasileiro, como o é nos de alguns outros povos.

Pois bem, noticiou o jornal "O Estado de São Paulo" (23 de Março, p. A5) que o Sr. Guilherme Boulos, coordenador do "Movimento dos Trabalhadores sem teto", um "movimento social" (leia-se organização paramilitar e terrorista), declarou que, na hipótese de Dilma Rousseff ser afastada da Presidência, "este país vai ser incendiado por greves, por ocupações, mobilizações, travamentos. Se forem até as últimas consequências nisso não vai haver um dia de paz no Brasil." (Grifei) Por outras palavras, ameaça o chefe do "movimento social" que, se for tomada uma decisão jurídica afastando Dilma Rousseff do Poder, será desencadeada uma guerra civil... Guilherme Boulos é coerente com o Marxismo. Para Marx, o Direito não passa de uma superestrutura ideológica, criada pelas classes dominantes, para manter a exploração do proletariado. E, para Mao Tsé-Tung, "todo comunista deve se lembrar de que o poder reside na ponta dos fuzis. Nós temos os fuzis."

O procedimento do dirigente do MTST pode constituir um crime contra a paz pública, sendo tais crimes capitulados nos artigos 286, 287 e 288 do Código Penal Brasileiro. E se o Sr. Boulos --- como "genoino" marxista --- despreza a Ordem Jurídica, estando pronto a espezinhá-la, tem que lembrar que assim não pensa a maioria esmagadora do povo brasileiro... os brasileiros temos confiança em que, se tais levianas ameaças de guerra civil perdurarem e se concretizarem, os responsáveis pela segurança nacional saberão tomar a defesa das instituições...

A Cruz de Cristo está presente na formação da nossa nacionalidade, Sr. Boulos. Ela estava bordada no velame das naus de Pedro Alvares Cabral. Foi plantada por Frei Henrique de Coimbra, na primeira missa celebrada em nosso país. E na forma do Cruzeiro do Sul, ela está presente nos céus do Brasil, numa perene advertência de que nenhum trapo vermelho, com "estrelinha" ou foice e martelo, conspurcará jamais as tradições pátrias!