O Prêmio Paul Donovan Kigar é uma homenagem de honra ao mérito, por realizações de vida a homens e mulheres de qualquer nacionalidade ou crença religiosa oferecida pela AMAR.
A família ou a principal instituição do homenageado recebem um diploma em uma solenidade onde se faz uma breve resenha biográfica dos homenageados, ressaltando seus méritos e realizações. Categorias específicas dentre as inúmeras atividades humanas de benemerência, artes, cultura, política e liderança,
O Prêmio Paul Donovan Kigar foi instituído em 2004 por iniciativa de Malcolm Forest em homenagem a seu pai Paul Donovan Kigar. A premiação é anual, realizada normalmente no dia 8 de dezembro.
Embora progressos significativos tenham ocorrido no reconhecimento de valores e exemplos positivos em alguns setores da sociedade, ainda vivemos num mundo muito individualista e egocêntrico.
O Prêmio Paul Donovan Kigar visa homenagear e manter viva a memória e a dignidade de seres humanos que se esmeraram em seu trabalho com conduta e caráter exemplares. Busca mudar paradigmas, divulgando nacional e internacionalmente abnegados homens e mulheres que prestaram relevantes serviços, principalmente os que ainda não tenham sido devidamente reconhecidos e homenageados. Almeja promover uma cultura ecumênica de união, solidariedade, justiça e paz.
Uma comissão seleta de honra ao mérito com mandato de três anos irá indicar e decidir consensualmente quem serão os homenageados. Reúne-se em 11 de junho de cada ano para a eleição dos nomes indicados para o Prêmio Paul Donovan Kigar a ser entregue em dezembro.
Quem foi Paul Donavan Kigar
Por seu filho Malcolm Dale Kigar (Malcolm Forest)
Nasceu em 8 de dezembro de 1915 em Fort Wayne, Indiana, Estados Unidos da América do Norte. Em 8 de dezembro de 2015 transcorre seu centenário de nascimento. Descende dos Adams, considerada a mais ilustre família norte-americana. O escritor Henry Adams e os presidentes dos Estados Unidos, John Adams e John Quincy Adams são notáveis personalidades da cultura e da história norte-americanas, seus antepassados. Foi educado na Fé cristã pela congregação da Igreja de Deus. Esta igreja foi fundada por antepassados seus com o intuito de unir de forma ecumênica, cristãos de várias denominações religiosas. Paul Donovan Kigar valorizou a união de povos e pessoas. Inspirou-se em grandes nomes como os presidentes Abraham Lincoln e Thomas Jefferson; o almirante inglês Lord Nelson e o imperador brasileiro D. Pedro II, o magnânimo.
Foi estudante exemplar, jamais faltou às aulas. Leu a Bíblia em sua totalidade ainda muito jovem, várias vezes, de capa a capa. Foi bom escoteiro. Interessou-se por selos aos doze anos. Orador notável, foi vencedor de inúmeros certames de oratória em seu estado natal. Alistou-se na Marinha de Guerra norte-americana e foi enviado ao Brasil em missão do serviço de inteligência. Aprendeu o português. No Rio de Janeiro conheceu sua futura esposa, Lygia Marques dos Santos, durante a II Guerra Mundial, com quem se casou, ao mudar-se para o Brasil após a Guerra. Teve um filho, Malcolm Dale Kigar, conhecido artisticamente como Malcolm Forest.
Foi um grande estudioso da história antiga e da Bíblia. Escritor de grande capacidade, autorou inúmeros artigos para revistas e periódicos norte-americanos em diversos campos do saber humano. Era profundo conhecedor de história antiga, americana e brasileira, arqueologia, filatelia, geopolítica, economia e finanças. Participou de expedição arqueológica a Israel. Foi fellow do Royal Geographical Society de Londres.
Escreveu vários artigos livros, tendo publicado nos Estados Unidos, "Eu, Simão Cirineu". Escrevou um artigo sobre o explorador inglês Coronel Percy Harrison Fawcett, A Trilha Fantasma do Coronel Fawcettâ que foi publicado pela revista Américas em três idiomas, foi traduzido para o japonês e publicado também pela revista norte-americana. Este trabalho bem como a sua própria pessoa serviram como inspiração para o personagem Indiana Jonesâ, cujo primeiro livro The Seven Veils apresenta também o Coronel Fawcett e o professor Jones, arqueólogo de Fort Wayne, Indiana como o Sr. Paul.
Deixou vários manuscritos inéditos e uma memória dos seus dois anos no Rio de Janeiro entre 1942 e 1944. Deu várias palestras e conferências.
Trabalhou como financista e tesoureiro em empresas como a Philco do Brasil, a Booz Allen and Hamilton e a Chappel School. Viajou por quatro continentes e fez incontáveis amigos. Aposentado, lecionou inglês até seus últimos dias.
Ajudou pessoas e instituições filantrópicas. O Exército da Salvação, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, dentre outras. Colaborou com o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo do qual foi membro titular, tendo como patrono o almirante Tamandaré. Foi presbítero da Igreja de Deus no Brasil. Aposentou-se na Reserva da Marinha de Guerra Norte-Americana como Lieutenant Commander.
Recebeu várias comendas e condecorações.
Cordial e comunicativo, fez amigos e admiradores por onde passou. Foi exemplo de vida e dedicação ao próximo e ao conhecimento humano. Faleceu em 16 de outubro de 2000.
O "Prêmio Paul Donovan Kigar", criado por iniciativa de seus amigos, é uma homenagem a Paul Donovan Kigar que serviu e serve de exemplo para muitos.
No dia 8 de dezembro de 2004, ano em que se comemora o 450º aniversário da cidade de São Paulo, lançou-se este certame no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo com um carimbo comemorativo dos Correios e uma exposição de filatelia e literatura filatélica.