(Jornal SP Norte)
O nosso Prefeito João Dória autointitulou-se gestor para o exercício de suas funções, em uma das mais complexas municipalidades do globo terrestre. Com apenas quatro meses de gestão já surgiram críticas e rotulações que ele soube, energicamente, repelir. É o que precisamos, e falta ao Brasil, há muito tempo. Não importa tratar-se de gestor, político, administrador, estadista, líder, como querem alguns críticos, que possivelmente desejam minimizar sua pujança e crescimento. Ele sabe que não se faz necessário contrariar os “preocupados”, dentro e fora de seu partido, porque sua visão moderna o destacará, naturalmente, daqueles que praticam política viciada, incorreta, sabiam apenas ganhar eleições, não enxergam nem têm capacidade para isso, que os tempos mudaram e as enganações são impossíveis diante da mídia e das redes de comunicações atuais. Convém esclarecer:
Gestor é um agente, lídimo administrador na gestão de negócios públicos ou particulares, exerce o governo a regência, ordena os fatores de produção com produtividade e eficiência para obter o determinado resultado.
Líder é o indivíduo que chefia, comanda e/ou orienta em qualquer tipo de ação, empresa ou linha de ideias; guia, chefia, conduz, representa um grupo ou sociedade, numa corrente de opinião.
Estadista é a pessoa de atuação notável nos negócios políticos e na administração de um país, homem ou mulher de Estado; e a Estadística é a ciência de governar que não se confunde com estatista. Os desejosos de rotular com uma ou outra característica, exaltando a necessidade de outras, devem compreender que o chefe do Executivo paulistano possui todos os elementos dos conceitos aurelianos. Tem agido corretamente, com pulso firme, com visão, corrige, age com sacrifício de cada um e de todos para o bem de cada um e de todos – não há classe privilegiada embora reconheça diferenças individuais. Corre riscos, mas recebe o apoio popular, pelo mérito e não por puro populismo.
Neste incipiente mandato, trabalhou como gestor, político, administrador, estadista, líder. Deu exemplos aos antigos e reagiu aos ataques, sem sentido, dos néscios. Deve continuar nesta forma de governar. Entretanto, há um temor social dos governos anteriores, viciados; são incompetentes, ignoram a redução de custos e a eleição de prioridades, para maior eficiência na utilização de recursos; infraestruturas, material e humana inchadas de inúteis “cabos eleitorais”.
Para eles desapropriação é restrição de uso para não indenizar; aumento das passagens é redução de desconto; não haverá privatização, mas poderá ocorrer concessão das marginais, entretanto, uma coisa é certa, o pedágio sairá do bolso do povo. Vemos esses intempestivos e anacrônicos políticos, apresentarem projeções fantásticas do pouco que fizeram e ocultarem o muito que deixaram de realizar (como Dilma e Lula em campanha, dentro de um trem de luxo, em caminhão mostrando a estrada perfeita, sobre um córrego cristalino insinuando a transposição de águas (verbas) do Rio São Francisco). Seus gestos firmes e por vezes nervosos, infantis, visivelmente treinados e mal executados, ficam ridículos ao não representar a realidade, hoje perceptível a todos.
Quem assiste às belas produções marqueteiras fica impressionado e imagina viver na Suíça, em Hong Kong ou qualquer outro país de primeiro mundo. Em seguida começam a pensar nas favelas, nos rios poluídos (vivemos em uma ilha de esgotos), nas estradas esburacadas, enlameadas; na carência para mobilidade; falta de ferrovias; hospitais insuficientes e em podridão; educação baixa; segurança inexistente por ser insuficiente, etc. Este governo municipal incipiente já mostrou sua capacidade e deve continuar com coragem para não cair no mais do mesmo, de agentes insípidos de outrora e hodiernos e assim capitalizar o crédito popular, pelas realizações e não pelas enganações.
Somos todos Dória, mas ele deverá saber escolher entre ser o Trumpinho do bem ou o chuchu nervoso.