O governo procura os caminhos da popularidade. Esta como consequência do bom governo, reconhecido, pelo menos, por uma razoável maioria, embora o Presidente Temer tenha dito preferir ser impopular a populista. Evidentemente é melhor governar com apoio do que sem o mesmo. Na área econômica tem encontrado sucesso e aumentará após as reformas em andamento: previdência, tributária, teto dos gastos, entretanto está longe do apoio desejado e exige medidas profundas em setores delicados como o alto escalão nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, por meio da negociação e compreensão para sairmos do mais do mesmo. Os procedimentos impopulares devem ser justos para todos, para serem compreendidos. A popularidade não é meio, mas consequência do bom governo.
Os povos menos privilegiados das classes média e média baixa têm, relativamente, se conformado com medidas e fenômenos que lhes atingem diretamente: fatores previdenciários, tempo para aposentadoria, manipulação da correção, desemprego que atingem famílias e suas condições, mas ainda atingidos com cálculos do Imposto sobre a renda, aumento do gás, aumento de passagens (“redução de descontos”), desapropriações (“restrições de uso”), impostos com quantidade e custos elevados, etc.
Entretanto, assistem e não veem transparência quanto aos mais privilegiados: equiparação com o setor privado para aposentadorias, supersalários acrescidos de “penduricalhos”, outras benesses, que extrapolam os limites constitucionais e já chamados e equiparados a “superfaturamentos salariais”, punições com disponibilidade remunerada, auxílios diversos, passagens exageradas, férias longas, recesso, expediente semanal curto, escândalos, políticos envolvidos nomeados para cargos importantes, a política de troca de cargos por apoio. Os políticos acostumados aos “negócios”, às vantagens, afastados dos padrões éticos, desejam a continuidade.
Diante dos fatos a sociedade mostra-se insatisfeita, exige novas maneiras de fazer política, com fundamento na ética, na moralidade, sob o império da probidade administrativa e política.
O governo tem a grande oportunidade para restabelecer a normalidade, após os 13 anos de estragos das gestões anteriores. Exige, as mudanças radicais, medidas austeras afastando as intempestivas e anacrônicas, após governos ignorantes com “inteligentes” do mal. Não se trata agora de culto sem inteligência, mas de sábio, inteligente e firme. São exigências dos tempos hodiernos, com atitudes tempestivas e duras. Para tanto, deve cobrar a compreensão dos mais privilegiados para darem, também, a sua contribuição, reduzindo benefícios característicos da desigualdade e da insatisfação, trazendo mais equilíbrio. Encontrará obstáculos. Estes deverão ser superados pela negociação de colaboradores éticos, confiáveis, capazes de demonstrar a necessidade para evitar o pior. Os déficits públicos não devem sair apenas de parte da população e da inferior, mas de todos, caso contrário o povo irá às ruas, a aceitação diminuirá e teremos o povo unido, sim unido: esquerda, direita, ricos e pobres, religiosos, todos contra o governo.
Entretanto, se as medidas de ajustes forem feitas com compreensão, apoio e sacrifício de todos, com trilhões de reais desviados voltando à economia, gerando evidentemente mais empregos, o governo Temer conquistará todas as classes, mormente a média e a média baixa, mais sacrificadas, o setor privado, alcançará a legitimação com a popularidade desejada. A questão não é apenas a crise econômica e passada, tudo a sociedade esquecerá. Os tempos modernos mudaram, o sistema, a economia e a política devem caminhar com a conduta ética, com a moralidade, com a probidade e temos tudo para conquistar essa glória para o bem do país.